quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eller acusa juiz de favorecer Grêmio, mas esquece vingança: 'Não sou bandido'

Zagueiro diz que árbitro estava mal intencionado e reconhece que pode pegar suspensão grande no STJD pelas declarações


A noite de sono em Porto Alegre não foi suficiente para esfriar a cabeça do zagueiro Fabiano Eller. No desembarque do elenco do Santos, nesta quinta-feira, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o defensor voltou a criticar a atuação do árbitro Marcelo de Lima Henrique (RJ) na derrota por 2 a 0 para o Grêmio, quarta-feira, no Olímpico, pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, descartou se vingar dele, como prometeu logo após a partida, mas reconhece que poderá pegar uma dura suspensão pelas declarações. - Não vou mudar meu discurso. Ele nos prejudicou, nos tirou três pontos e estava intencionado a favor do Grêmio. Deu tudo a favor do Grêmio, não apitava nossas faltas e invertia outras. Se eu tivesse algum poder, daria dez cartões vermelhos para ele diretamente, sem amarelo – esbraveja. Expulso por uma falta em Reinaldo, nos acréscimos do segundo tempo, Fabiano Eller pediu para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) analise o vídeo da partida e puna o árbitro. Além do cartão vermelho, o Peixe reclama de um pênalti não marcado (a bola teria tocado na mão de Soares). - Do mesmo jeito que o juiz vai fazer a súmula contra mim, o time também tinha de ter uma. Eu iria colocar muita coisa contra esse juiz. O que ele fez comigo foi brincadeira. Eu sou profissional. Saí de campo muito ofendido com o que ele fez, atrapalhou meu trabalho. Tenho família, filhos e esposa que dependem de mim. Não saí de Santos para ir a Porto Alegre brincar – acrescenta. Curiosamente, antes da partida, Fabiano Eller e Marcelo de Lima Henrique conversaram amigavelmente. Segundo o zagueiro, o juiz contou que possui uma propriedade próxima a ele, no Rio de Janeiro. Ao final do jogo, porém, o defensor prometeu “pegar” o árbitro e o chamou de “safado” e “pilantra”. - Não sou vingativo. Não sou bandido. Falei aquilo porque ele me disse que tinha uma casa perto da minha no Rio. Mas ele tem que pagar pelo que fez – diz. As declarações, aliás, podem complicar Fabiano Eller em um possível julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Caso seja denunciado, ele pode ser incluso no artigo 187 (ofender moralmente o árbitro ou auxiliar em função) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê pena de 30 a 180 dias, o que o tiraria do Campeonato Brasileiro. - Pelas declarações, sei que posso pegar uma pena grande. Mas ele também precisa ser julgado. Por que só o jogador paga o pato? – questiona.

Nenhum comentário:

Powered By Blogger